terça-feira, 20 de julho de 2010

Rótulo

Acredito que um dos melhores aprendizados do alto dos meus quase 30, foi entender que não é muito inteligente julgar. Apesar de ser praticamente instintivo e automático, é um péssimo hábito, pra dizer o mínimo.
Sempre tive o costume de observar com cuidado quem está à minha volta, tentando aprender com os erros deles, e arrisco dizer que o excesso de julgamento pode ser o erro mais grave de pessoas boas e sábias. Ninguém é imparcial, tendemos a colocar um no banco dos réus e outro no altar indefinidamente. Rotulamos e pronto. Se decidimos que tal pessoa é fútil, não importa que seja altruísta e construa uma creche filantrópica com os próprios recursos "Fez pra aparecer", é uma idéia que provavelmente vai povoar os comentários sobre o feito. E assim se segue com outras características: burrice, leviandade, vulgaridade e pelo outro lado: inteligência, sagacidade, santidade, correção.
Precisamos entender que somos humanos, e costumamos cometer mais ou menos os mesmos erros comuns à nossa espécie. Ninguém está além ou aquém do que nos motiva a agir e cada ato e intenção vai ser sempre único, ponderado e sentido pelo sujeito ativo e não necessariamente entendido pelos demais.