O mundo não
está nem aí para você. Sério. Marque minhas palavras. Ninguém liga para o que
você faz ou deixa de fazer, muito menos para o que você sente. Se você não
deixar vítimas pelo caminho, ninguém vai gastar muito tempo pensando na sua
vida. Não, essa não é uma má notícia, não significa que a realidade é mais fria
e cruel do que você esperava. É uma informação libertadora.
Preconceito, intromissão, julgamento é outra coisa. Seria tacar tinta preta no seu cabelo de unicórnio, te internar num SPA contra sua vontade, negar uma contratação porque você é gay e dá pinta. Acontece? Acontece. E é sério pra caramba. Procura um advogado, a delegacia ou um psiquiatra para a pessoa que fizer, mas não confunda esse tipo de coisa com aquela franzida de testa que a senhorinha deu quando viu seu short. Ela tem a opinião dela, aquela olhadinha esnobe que você deu quando viu as luzes mal feitas dela é tão desagradável quanto e, em geral, as coisas ficam por aí.
“Mas eu tenho o
direito a buscar a minha felicidade, e essas conversas me deixam chateado”. Tem
mesmo, mas deixa de dar um spoiler. Se depender da aprovação dos outros, você não
vai encontrá-la. Gente bem sucedida não tem nem tempo a perder tentando
descobrir o que o outro acha. A opinião do outro é problema exclusivo, adivinha
de quem? Isso mesmo! Do outro. Portanto, vai viver e aprende a dar risada
quando a sua avó não entender que você vive de fazer vídeos para a internet.
Ela não vai entender, nem precisa. Ela vai ver o resultado, seu olho brilhando,
suas frustrações. E quem te ama vai sofrer, torcer, vibrar e rir junto. Quem só
te conhece, talvez note o suficiente para falar alguma coisa. E sim, vai
comentar o que concorda e criticar o que não concorda. É da natureza humana,
lide com isso.