domingo, 26 de julho de 2020

A loucura transgênero está criando milhares de jovens vítimas


A loucura transgênero está criando milhares de jovens vítimas
De Jonathon Van Maren

 7 ¾ min
Irreversible Damage: The Transgender Craze Seducing Our Daughters, Abigail Shrier, Regnery Publishing, 287 pp.
Dano Irreversível: A loucura transgênero vem seduzindo nossas filhas, Abigail Shrier, Regnery Publicações, 287 pp.
Em 2014 a Revista TIME lançou o ator transgênero Laverne Cox na capa, sob o título “O ponto de virada transgênero”. Um ano depois, em 2015, a CNN anunciou a chegada formal do nosso “momento transgênero”. Em junho daquele ano, a capa da Vanity Fair com Caitlyn Jenner tornou tudo oficial. Trans estava na moda, chova ou faça sol.
Se 2015 foi quando o momento transgênero começou, “Dano irreversível: a loucura transgênero seduzindo nossas filhas”, de Abigail Shrier, publicado no mês passado é um desesperadamente necessário boletim de desempenho. O livro de Shrier mostra como olharemos para trás e apontaremos para os anos vindouros para sua presciência e avisos proféticos. Considerando o clima vicioso cercando o debate transgênero, foi necessária coragem genuína para Shrier escrever esse livro. Ela já está sendo atacada como transfóbica e a Amazon recusou-se a permitir que o livro fosse divulgado. Apesar disso, Dano Irreversível não é conteúdo ideológico. É um medido e incansável olhar sobre o dano que o movimento transgênero tem feito num inacreditavelmente curto espaço de tempo.
Quando Shrier usa o termo “loucura” ela afirma em sentido científico. Disforia de Gênero de Início Rápido (ROGD – Rapid Onset Gender Dysphoria) é o que a Dra. Lisa Littman chama um “contágio social” e ele primariamente impacta jovens garotas. Há pouco tempo, apenas 0,002 a 0,003 por cento das meninas nos Estados Unidos se identificavam como transgêneros. Agora, esse total está acima de 2 por cento, e Shrier me disse que ela acredita que a taxa aumentou em milhares de pontos percentuais (no Reino Unido, o número de meninas identificadas como transgêneros cresceu mais de 4000 por cento). A maioria dos jovens trans-identificados costumavam ser do sexo masculino – e isso se inverteu. Em 2016, por exemplo, garotas contavam 46 por cento das cirurgias de reatribuição sexual nos Estados Unidos. Um ano depois, o número evoluiu para 70 por cento.
No muito difamado estudo de Littman, em 2018: “Reportes de pais de adolescentes e jovens adultos percebidos a mostrar sinais de uma Disforia de Gênero de Início Rápido”, ela descobriu que absolutos 70 por cento dos adolescentes trans pertenciam a um grupo onde um dos membros já havia se revelado trans e, de acordo com os pais, um terço deles não havia mostrado nenhum sinal de disforia anteriormente. Apesar da insistência dos ativistas trans que isso é apenas “transfobia” da parte dos pais, 85% dos pais entrevistados eram apoiadores das causas LGBT. Mas por fazerem perguntas, implorarem que suas filhas adiem os bloqueadores de puberdade e cirurgias mamárias, eles são condenados pelos trans ativistas como fanáticos cruéis.
As entrevistas de Shrier com os pais de crianças trans são de partir o coração. Muitos dos pais apontam a internet como a fonte do interesse de suas crianças no transgenderismo – o estudo de Littman indica de 65% das garotas descobriram o transgenderismo via mídias sociais – e trans influenciadores extremamente populares estão funcionando como gaiteiros incentivando as meninas a “cortarem” os pais que questionarem sua nova identidade. Esses pais, de acordo com os influenciadores trans, são “tóxicos” e “não seguros” e provavelmente causarão ideias suicidas. Esses pais, sugerem as estrelas trans no YouTube, podem ser substituídos por outros trans – sua família de Glitter.
Influenciadores Trans são geralmente jovens e inacreditavelmente carismáticos, produzem vídeos do tipo “como fazer” e vlogs que alcançam centenas e milhares de visualizações. Shrier nota uma consistente série de mantras: se você pensa que pode ser trans, você é; binders (malhas de compressão para achatar os seios e “passar” como homem) são uma ótima maneira de testar; se seus pais realmente te amassem, eles a apoiariam; se você não receber apoio, você provavelmente vai se matar; mentir para os médicos é OK, se isso ajudar na sua transição. Influenciadores trans ajudam meninas a comprar os binders online, ensinam o que dizer aos médicos e terapeutas para ser diagnosticada como trans e explicam como conseguir testosterona, coloquialmente chamada de “T”. Há mais de seis mil vídeos explicando como injetar “T”, e todos garantem ao espectador que isso é incrível.
Apesar de ativistas trans insistirem que bloqueadores de puberdade são seguros, a evidência que Shrier cita sugere o contrário. Bloqueadores de puberdade têm um impacto no desenvolvimento do cérebro, reduzem a densidade dos ossos e altera o crescimento. Eles podem impedir que o usuário alcance todo o QI potencial, inibem a função sexual, engrossam o sangue, aumentam o risco de ataque cardíaco em cinco vezes, aumentam o risco de diabetes, coágulos e câncer, também podem resultar em atrofia vaginal. Eles também transformam o desenvolvimento natural dos genitais. Após tomar testosterona por um tempo, meninas jovens podem ver seu clítoris crescer até o tamanho de uma cenoura baby. Após alguns meses, as meninas desenvolvem pelos no corpo e barba, a voz fica mais grave e elas terão acne e, em alguns casos, uma calvície masculina. O nariz geralmente se arredonda, o queixo fica quadrado e os músculos se tornam pronunciados. O sexo se torna doloroso, se não impossível. Algumas das mudanças são permanentes: mesmo que a menina pare de tomar a testosterona, os pelos do corpo e rosto provavelmente permanecerão, assim como o clítoris crescido.
Os binders podem causar dores nas costas, nos ombros, no peito, encurtamento da respiração e fratura nas costelas. Eles também podem danificar permanentemente os tecidos, levando os seios a parecerem balões murchos. E se garotas decidirem pela cirurgia “em cima” – uma mastectomia dupla – o dano é permanente. Apesar do fato que Dra. Johanna Olson-Kennedy do Centro para Saúde Juventude Trans, tenha dito irreverentemente para uma plateia em Los Angeles que “se você quiser seios mais tarde, na vida, basta adquiri-los”, esse não é bem o caso. Você pode, se isso for verdade, comprar caroços de carne que lembram, e então costura-los, mas a capacidade de amamentar, as zonas erógenas – tudo isso se foi para sempre. Mais de 36% de mulheres identificadas como homens trans fazem a cirurgia “de cima”, e outros 61% querem fazer. Felizmente, relativamente poucas meninas estão interessadas na cirurgia “de baixo”, faloplastia.
Adolescentes constantemente conseguem bloqueadores de puberdade antes que possam beber, fumar, dirigir ou votar. Infertilidade permanente e mutilação corporal são o resultado comum.
A loucura transgênero tem sido encorajada pelas escolas públicas, que ensinam ideologia de gênero como fato. Por exemplo, Shrier cita esta pérola do Conselho de Educação da Califórnia, Quem é você? O guia de identidade de gênero para crianças: “Bebês não sabem falar, então os adultos fazem uma suposição olhando seus corpos. Este é o sexo designado a você no nascimento, masculino ou feminino”. Resumindo: “Você é quem você diz que é, porque VOCÊ sabe melhor”. Pai – ou mãe – certamente não sabem sabem o melhor, e pais não são informados se seus filhos são identificados como trans ou se buscam a transição como uma questão de política. Como disse à Shrier, a professora de 5.a série C. Scott Miller, sem rodeiros: “Os pais vêm e dizem, ‘eu não quero meu filho chamado assim’. Legal, mas seus direitos parentais terminaram quando suas crianças se matricularam na escola pública”. As escolas ensinam às crianças que elas podem ser de qualquer gênero que elas escolham. Não por acaso, a única opção não celebrada é “cisgênero”.
O custo de tudo isso já está em evidência. Shrier entrevistou respeitados terapeutas, cientistas e especialistas demovidos de seus campos por vingativos ativistas trans que os acusam de facilitar ideias suicidas em crianças trans (uma alegação que ela derruba cuidadosamente com evidências). Ela falou com des-transicionadores que entenderam que disforia de gênero não explica realmente o desconforto delas com seus próprios corpos (comum para meninas adolescentes, Shrier aponta) ou suas questões de saúde mental. Esta comunidade é comumente ostracizada e caluniada pelo movimento trans, que essencialmente alega que eles não existem. Se você desiste, eles explicam simplesmente que você nunca foi trans. Assim, nenhuma pessoa trans desiste. A realidade é que muitas meninas estão sofrendo em um cenário desolador que Shrier estabelece em termos de arrepiar. Um dia, Shrier escreve, muitas meninas acordarão sem os seios e sem útero e questionarão: Eu era só uma adolescente. Uma criança. Por que ninguém me parou?
Por mais devastador que sejam suas conclusões, Shrier deixa alguma esperança para o leitor. Há muito o que os pais podem fazer para proteger suas filhas, ela escreve, e ela me disse que é essencial que os pais levem a sério essa “loucura transgênero”. Ela aconselha os pais de crianças trans a encontrar grupos de apoio com outros pais que passem pela mesma coisa; evitar dar smartphones a crianças, e combater a ideologia de gênero infundindo isso na educação de suas filhas. Acima de tudo, ela escreve, os pais não devem abrir mão da autoridade parental, e deveriam parar de apoiar essas novas tendências sem questionar. Adultos têm responsabilidades junto às crianças, agora mais do que nunca. Medidas drásticas podem ser necessárias – ela cita pais que precisaram mudar-se fisicamente para separar suas filhas de grupos tóxicos e escolas “afirmativas”. E acima de tudo, ela escreve adiante, nós precisamos parar de patologizar a feminilidade. Meninas são diferentes e a puberdade é difícil. Não é algo a ser curado. É maravilhoso ser uma menina, ela escreve, e uma ideologia baseada em estereótipos sexuais datados que as feministas uma vez buscaram distanciar, que não deveriam ser trilhados com drogas, mastectomias e o desejo de escapar da feminilidade.
Shrier nos dá a oportunidade de repensar a loucura transgênero que vem varrendo o mundo ocidental. Pelo bem de nossas filhas, nós deveríamos ouvi-la
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Link original: https://www.intellectualtakeout.org/the-transgender-craze-is-creating-thousands-of-young-victims/?fbclid=IwAR0rph2zrjgnsuJkOYr1ILKLvDjOxE--57fSY0w8aKUn5sev4jVTCyGaMBo

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Assisti ao meu primeiro dorama e foi isso que eu achei...


Nos últimos meses, tenho visto nos grupos de escritoras uma enorme quantidade de posts a respeito de umas novelinhas coreanas e chinesas. Muita gente se afirmando viciada e jurando amor eterno a personagens que nem ouso nomear por escrito, a chance de errar a grafia beira os 90%. 
Confesso que fiquei meio sem entender do que se tratava e, a princípio, nem procurei saber. Afinal, 2019 já estava sendo literariamente improdutivo o suficiente: pouco li, quase nada escrevi e assisti a tantas séries e filmes que a quantidade de horas gastas nisso dariam para começar e terminar mais um andar na torre de Belém. Tudo de que não precisava era desperdiçar mais horas em frente a uma tela. Chegou 2020 e, junto com ele, uma melhora na produção. Aí bateu forte a curiosidade com esse negócio que tantas mulheres que eu respeito e admiro amam.


Na hora de escolher, fui na indicação de uma amiga que tem gostos semelhantes. Se a Rebeka curtiu, a chance de dar certo aumenta exponencialmente. Logo na abertura, a música pop chinesa de batida fácil e timbre infantil prenderam a minha atenção e, de cara, lá se foram 9 episódios numa única madrugada insone. Destaque para a mocinha de aparência comum, sem nenhum traço de insegurança.
A impressão é que o dorama conquista pela simplicidade. Personagens bem definidos e elementos de teatro infantil tornam fácil perceber quem é quem logo nos primeiros segundos em tela. Figurino, expressão, trilha sonora e cenários contribuem para uma estética que mistura novela mexicana e anime. Cenas cômicas não poupam olhos exageradamente arregalados e onomatopéias dignas de animações. A parte dramática não se poupa. No primeiro episódio, a protagonista se dá mal num teste, pega o namorado com uma amiga e descobre um câncer, tudo na mesma tarde. Em resumo, as tintas são bem carregadas, não há qualquer espaço para sutilezas na narrativa.


A série se utiliza de uma fórmula consagrada e óbvia, mas passa longe de entediar, mesmo os adultos.
Adorei que a mocinha pobre não muda de estilo quando se casa com o bilionário, nem esquece o que era importante para si antes de conhecê-lo.
As tramas são repletas de clichês, usados sem nenhum pudor: sequestros, casamento por contrato, mocinho arrogante e mandão, família rica e controladora, capitalistas malvadões, casal preso em elevador e ilha deserta. Se tem a pretensão de levantar alguma bandeira, não percebi. As séries não problematizam nada e se dedicam à missão de entreter e fazer sonhar.
Foi encantador ver aspectos da cultura oriental inseridos nas entrelinhas, como perseverança e trabalho duro sempre vencerem sorte, a culinária típica (que vai muito além do rolinho primavera). A obsessão dos chineses por marcas e moda está presente nos figurinos e diálogos.
As locações são lindas e os atores também. Aliás, alguém me passa o telefone do dermatologista da mãe empresária cinquentona. Que pele é aquela?
A conclusão é que o dorama distrai e diverte, tem a boa e velha moral da história que sempre funcionou, desde que alguém inventou de conta-las.
Recomendo fortemente e agora termino o texto para dar atenção à minha segunda experiência como dorameira. Bem me avisaram que vicia...