★05/09/1946 ♰24/11/1991
Esse ano tive a chance de ler a biografia de Freddie Mercury. Foi um dos poucos livros lidos até agora, em 2019 e um dos que mais me marcaram nos últimos tempos. Amar Freddie e sua obra foi uma das melhores coisas que minha mãe teve a oportunidade de me ensinar. Lembro-me que ela ficou bem triste quando ele se foi e que ela sempre nos mostrava a música dele, costume que repito com os meus filhos e até com amigos. "Você tem um minuto para ouvir a música do Queen?". Geralmente a resposta é sim.
Freddie era um cara peculiar desde cedo. Apreciava ópera, desenhava, tinha muitos amigos e nunca olhava para trás ao finalizar um ciclo. Vaidoso, muitas vezes soberbo, genial e sempre em busca de algo que o preenchesse. O biógrafo descreve a frustração dele em busca do prazer, que provavelmente só encontrava na arte. Até o sexo se tornara enfadonho depois de algum tempo e é provável que grande parte de sua genialidade tenha vindo disso. Sua eterna busca por si mesmo nos presenteou com tantas obras primas que é difícil escolher uma mais especial que as demais.
Entrevistada, sua mãe afirmou que a música que melhor o descrevia era The Great Pretender, que, ironicamente, não era de sua autoria. Ela via no filho aquele grande fingidor, que falseia uma felicidade histérica e cheia de glamour, mas que, no fundo, não encontrou aquilo que procurava.
Perceber isso partiu meu coração, mas de jeito nenhum é novidade. Canções como "Bohemian Rhapsody" e "Somebody to Love" são excelentes pistas dessa busca. Ninguém pode afirmar se no fim, ele encontrou, mas em meu nome é no de uma legião de fãs, posso dizer: obrigada pelo que fez enquanto procurava, Farrokh. Você mudou o mundo enquanto buscava a si mesmo. Isso é o maior sonho de todo artista.
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