Era uma vez
uma menina que preferia ir à biblioteca que ao parque, e que tinha nos livros
os seus melhores e mais fiéis amigos. Essa menina entrou na adolescência, e
continuou sendo a garota estranha que vivia carregada de histórias fictícias.
Então nossa
menina estava assim, vivendo uma semi vida, sentindo-se semi morta, havia
virado mulher, mas deixado de ser pessoa, não tinha desejos, só obrigações. Ela estava
no limite. Deixar de existir de vez parecia cada vez mais uma opção
interessante.
Aí, alguém deixou um livro infantil dando bobeira. Era o último da série, não faria sentido nenhum, mas afinal, naquele momento, o que fazia sentido? E ela mergulhou sem pensar duas vezes num mundo mágico que fazia o nosso mundo parecer realmente absurdo. E sentiu-se em casa entre trolls, gigantes e elfos, bruxos bons, comensais da morte, mestres e estudantes. Reconheceu imediatamente o que significava o dementador, sonhou em viver na Toca e desejou ardentemente estudar em Hogwarts, visitar Hogsmeade e fazer gordices na Honeydukes. Ir a este mundo não só trouxe nossa heroína de volta à vida, mas a fez lembrar do quanto pode ser revigorante fugir para outra realidade.
Aí, alguém deixou um livro infantil dando bobeira. Era o último da série, não faria sentido nenhum, mas afinal, naquele momento, o que fazia sentido? E ela mergulhou sem pensar duas vezes num mundo mágico que fazia o nosso mundo parecer realmente absurdo. E sentiu-se em casa entre trolls, gigantes e elfos, bruxos bons, comensais da morte, mestres e estudantes. Reconheceu imediatamente o que significava o dementador, sonhou em viver na Toca e desejou ardentemente estudar em Hogwarts, visitar Hogsmeade e fazer gordices na Honeydukes. Ir a este mundo não só trouxe nossa heroína de volta à vida, mas a fez lembrar do quanto pode ser revigorante fugir para outra realidade.
Ela agora já
conhece muitos outros, lembrou-se dos que visitou na infância, e até criou o seu
próprio. Mas esse mundo, o mundo dos bruxos, Hogwarts, o Largo Grimmauld
12, o Knightbus, A plataforma 9 ¾, esse mundo sempre vai fazer parte da sua
alma. Foi nesse mundo que ela lentamente voltou a ser ela mesma. Onde
reaprendeu a respirar e sonhar. Onde libertou a mente e ousou voltar a ser
alguém.
Por isso, esse mundo sempre vai ser a casa dela. Por isso, o coração bateu tão forte ao reconhecer aquelas torres, e as lagrimas teimaram a vir assistindo a um coral de sapos e tremeu de emoção ao reconhecer um velhinho de barba branca e seus amigos de outra vida. Por tudo isso, a emoção foi mais forte que qualquer constrangimento, e entre lágrimas, ela mergulhou dentro da própria mente e espera nunca mais ter que sair de lá.
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